terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Acordo Ortográfico

Tudo o que é novo parece intrigar o ser humano. A mente sente uma espécie de conforto ao perceber que algo já é conhecido. Pois é! O novo acordo ortográfico tem causado certas reações em nossos pupilos (eta palavrinha antiga!). Jovens corações pulsam velhos sentimentos pela grafia (já quase velhinha). − “Nossa, professor, como essa palavra ficou feia!” − “Desse jeito o português vai ficá parecido com o inglês” (nossa! essa foi forte). Essas e outras têm ocupado os meus ouvidos no dia a dia da sala de aula. Que bom! Não é maravilhoso ver alunos interessados em algo?! A maioria destes cansou de listar linguiça para os churrasquinhos de sexta-feira. Sem trema, é obvio! Santos visionários!, já imaginavam que algo iria mudar. Muitos dizem estar tentando se adaptar, estar estudando muito a nova grafia, estar ficando mais interessados pelo português. Talvez fosse melhor ter extinguido o gerúndio também! Seja como for... navegar por mares nunca de antes navegados traz insegurança, mas pode gerar uma epopeia no final.
Tudo evolui e a língua também. Sete povos se uniram nesse intuito. Há tempos que uma unificação é tentada. Outras línguas como o espanhol, o francês e o italiano têm uma só ortografia. A unificação é um momento de maturidade e deve ser encarada com tranquilidade (sem trema).
A Língua é viva e pulsante – transforma-se – é mutante – serpenteia as diferenças e pode ser una na diversidade.
Logo mais à noite, 250 milhões de pessoas sonharão em língua portuguesa com a estreia de um mundo melhor. Sem crise, se Deus quiser e sem acento no ditongo aberto ei!